Resenha
Milhões de pneus são descartados anualmente no Brasil, o que gera um impacto ambiental muito grande se jogados fora de maneira inapropriada. A disposição dos pneus inserviveis (que não mais se prestam a processo de reforma que permita condição de rodagem adicional) à céu aberto é um problema de saúde publica, visto que são propícios a reproduçao do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue; possuem grande risco de incendio pois queimam com muita facilidade, produzindo fumaça negra altamente poluidora pela diversidade de compostos que são liberados na combustão; podem causar contaminação da água pois com a queima é liberado um material oleoso derivado de petróleo que carregado para os lenços superficiais ou subterraneos a tornam imprópria para o consumo.
Com o objetivo de viabilizar uma maior reutilização, a coleta dos pneus, antes sobre responsabilidade do poder público, passaram a ser de responsabilidade dos fabricantes e importadoras. Conforme a resoluçao 416 do CONAMA: “Os fabricantes e os importadores de pneus novos, com peso unitário superior a 2,0 kg (dois quilos), ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução.”
A maior dificuldade é alcançar o reproveitamento total dos pneus, isto é, transformar totalmente o material em subprodutos que, durante o processo, nenhum tipo de material prejudicial ao meio ambiente seja descartado. Existem algumas soluções criativas, tais como barreira em acostamentos de estradas, reutilização da borracha no asfalto (o governo americano exige que 5% do material usado para pavimentar estradas federais sejam de borracha moída), uso do pneu como fonte de energia nas termoéltricas, construção de obstáculos para trânsito, utilização do pó de raspa na fabricação de pneus