resenha
INFARTO - O BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO
Dr. João Joaquim de Oliveira – Cardiologista.
Membro Sociedade Brasileira de Cardiologia
O infarto agudo do miocárdio (IAM) constitui na mais grave emergência médica. Prova disso são as estatísticas extraídas dessa catástrofe cardiovascular. Dos pacientes acometidos pela doença, 50% morrem antes de ter acesso a qualquer assistência médica. No grupo dos sobreviventes, 10 a 15% morrem durante o tratamento hospitalar e 10 a 15%, se não adequadamente tratados após a alta hospitalar, podem ter um novo infarto nos primeiros 5 anos; ou seja, contra uma tragédia clínica tão devastadora o melhor a fazer é a prevenção.
A melhor estratégia contra a doença arterial coronariana (infarto, angina de peito, morte súbita) é a chamada adoção de um estilo de vida saudável. Isto se dá eliminando ou tratando os chamados fatores de risco para doenças cardiovasculares, dentre os quais se destacam o tabagismo, o colesterol alto, o sedentarismo, o estresse, o excesso de peso e a hipertensão arterial. Um indivíduo tem maior ou menor probabilidade de sofrer um ataque cardíaco na proporção em que tenha os citados fatores de risco. Estes são cumulativos e interativos. Quanto mais fatores presentes, maiores os riscos de um evento mórbido.
Se a era da robótica e da informática trouxe como corolário mais conforto, celeridade, maior produção e produtividade nas ações humanas, ela propiciou o surgimento de muitos fatores nocivos à saúde, sobretudo ao sistema circulatório. Para minimizarmos ou eliminar muitos males da modernidade como o estresse, o sedentarismo e a ansiedade da vida corrida e competitiva, têm que reportar à época do homem das cavernas para buscarmos o seu melhor antídoto: o caminhar. Em que pese todos os avanços técnico-científicos no entendimento do diagnóstico e terapêutica das doenças em geral, nenhuma estratégia ainda suplantou este meio tão primitivo, natural e de inequívoca