Resenha*
GRANT, Susan-Mary. Americanos construindo uma nova nação, 1860-1916 In: PAMPLONA, Marco A. & DOYLE, Don Harrison (Organizadores). Nacionalismo do novo mundo. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008, p. 127-152.
Carolina Martins Saporetti
Universidade Federal de Juiz de Fora
Departamento de História
A autora Susan-Mary Grant expõe no seu texto uma discussão sobre o nacionalismo norte americano. Ela procura questionar a formação dos EUA como nação antes e depois da Guerra da Secessão, para isto, Grant utiliza como exemplos autores que possuem com diversas opiniões sobre o tema. O primeiro autor trabalhado pela Grant nesse texto é o jornalista George Templeton Strong, defensor da ideia de que os Estados Unidos estava longe de ser uma nação, sendo apenas um aglomerado de comunidades, que desabaria quando enfrentasse um grande conflito. Mas segundo Strong, a Guerra da Secessão contribui para a formação de um povo mais experiente, mais unido.
Susan-Mary relaciona a ideia de Strong com as teorias do político Charles Sumner, este acreditava que a nação dos Estados Unidos nasceu depois da Guerra da Secessão. Para ela esta teoria influenciou vários acadêmicos. Isto devido à falta de um estudo mais abrangente sobre a formação da nação, o nacionalismo americano e a relação destes com a Guerra da Secessão. Para tentar suprir esta ausência era mais fácil acreditar na teoria que já tinha se formado e estava ganhando força. Embora alguns historiadores questionavam-na.
Continuando o debate, a autora cita as ideias de uma historiadora, chamada Linda Colley, que acreditava na existência de poucas nações, tanto para estudar, quanto para se morar. Segundo Colley, a maioria das nações, “sempre foi de constructos artificiais e multiformes, problemáticos e diversificados em termos étnicos e culturais, que assumem forma com muita rapidez e se desfazem com a mesma velocidade”.
Seria este o caso dos Estados Unidos? Será que a nação norte americana seria uma