resenha

Universidade Federal do Rio Grande
Escola de Enfermagem
Exercício de enfermagem
Resenha Livro

1. Referência bibliográfica:
Lunardi, Valéria Lerch. História da enfermagem: rupturas e continuidades. 2ed. Rev. Pelotas: Ed. do autor, 2004. 88p.

2. Breve síntese da obra:
A obra foi desenvolvida com o objetivo de direcionar um novo olhar sobre a história da enfermagem. Visando de um modo especial, o que poderia ser denominado de “ruptura nightaleana”.
O autor buscou a ruptura de algumas evidências sobre as quais se fundamenta o nosso saber acerca de tais práticas, focalizando a sua história, desde o período cristão até o período de difusão do Sistema de Nigthingale. Pretendeu buscar um olhar sobre a história, não apenas descrevendo um determinado período histórico, mas analisando um problema formulado: Como se deu a governabilidade na enfermagem desde o período cristão até a difusão do Sistema Nigthingale? Isto é, quais são os limites entre a tecnologia do eu, próprio do pensamento grego, e as estratégias de poder, no caso, o poder pastoral?
Falar em governabilidade, neste texto, significa falar nos limites entre as tecnologias do eu. As tecnologias do eu, então, são apresentadas como práticas e técnicas próprias utilizadas pelos gregos, em relação aos seus corpos e almas, como estímulo ao dever do cuidado de si para conhecer-se a si, com a finalidade de atingir um determinado estado de perfeição e felicidade. Tais práticas e técnicas, a partir do cristianismo tomam um sentido diferenciado, ou seja, passa a ser necessário não mais cuidar de si, mas sim conhecer-se, para então, renunciar a si. Já o poder pastoral a partir da metáfora do grande pastor divino e do pastor do rebanho de ovelhas, sendo entendido como um poder político, individualizado e totalizante.
Ao problematizar o tema da moral, destaca que uma coisa é uma regra de comportamento, outra o comportamento a ser medido frente a regra, outra ainda, “é o tipo de relação que se deve ter consigo