resenha
Os meios de comunicação de massa ganharam grande importância nos últimos tempos. Parte dos conteúdos por eles difundidos é estudada por algumas teorias do campo da Psicologia, em função dos conhecimentos desta sobre a subjetividade humana.
O fato de o publicitário produzir um bom comercial não se dá simplesmente por ele conhecer as técnicas desenvolvidas pela propaganda, mas, também, por ele ser capaz de conseguir “captar” a subjetividade das pessoas as quais pretende cativar.
Percebida a importância de se trabalhar bem a subjetividade, a presença do psicólogo passou a ser frequentemente requisitada na mídia, levantando uma questão muito importante, a que se refere á ética.
Até que ponto o psicólogo pode controlar as pessoas, trabalhando com a subjetividade, através da mídia?
Quando se trata de um tema polêmico, sabemos que não podemos acreditar piamente na informação veiculada pela mídia, mas, quando não temos informação alternativa à nossa disposição, tendemos a acreditar na informação disponível de forma acrítica, sem condições de avaliar a mensagem transmitida.
A propaganda comercial captura a subjetividade, de forma bem sutil, através da apresentação de um mundo idílico, associado ao produto ou serviço, e que apresenta alguma verossimilhança com a realidade, convencendo as pessoas de que é possível alcançar esse mundo. Esse tipo de convencimento pode nos levar ao limite da ética quando convence alguém a consumir coisas que não quer ou não pode consumir.
Esse mecanismo de convencimento, que pode ou não ultrapassar as bases racionais da difusão de uma mensagem, é chamado de persuasão. Entretanto, a publicidade explora muito recursos de base irracional para persuadir o receptor da mensagem mais pelo campo da subjetividade do que pelo da objetividade da informação.
Outra artimanha utilizada para o convencimento é aquela embutida de forma sutil na construção linguística da mensagem, assim, não precisa ser sofisticada ou