Resenha
SIQUEIRA, Ranyella de; CARDOSO, Hélio.
Em primeira análise, o artigo conceitua estigma segundo Goffman como uma característica constituída pelo social. Assim, as pessoas normais prevêem as categorias e os atributos de um estranho que se aproxima. Essas pré-concepções, elaboradas pelos normais, são transformadas em “expectativas normativas, em exigências apresentadas de modo rigoroso”
O autor aprofunda a ideia que, os normais criam estereótipos distintos dos atributos de um determinado indivíduo, caracterizando, portanto, o processo de estigmatização. Para Goffman são identidades deterioradas, por uma ação social, que representam algo mau dentro da sociedade e, por isso, deve ser evitado. Através dessa metodologia, se percebe que, certamente é papel da sociedade a caracterização de estigmatizar uma pessoas ou um grupo, e que depende de todo o contexto social para finda-las.
Seguindo o conceito do primeiro autor, o artigo trás em segundo momento as análises de Link & Phelan (2001), onde conceituam estigma como um variante em cada sociedade. Um sistema de crenças culturais é guiado por um modelo de cultura que os indivíduos carregam, os quais não são conscientes desse processo. “Nós, às vezes, paramos de nos perguntar o motivo que pensamos e nos comportamos de tal forma, nós fazemos isso porque a cultura é um extenso processo inconsciente”. Através dessa afirmação, pode-se concluir que o estigma se molda a partir das diferentes normas culturais, dos valores e das estruturas de uma sociedade.
Alguns comportamentos ou atributos podem ser universais quando se relacionam ao estigma, assim como outros podem ser específicos de uma cultura. Em complemento,
Ainlay, Coleman & Becker (1986) afirmam que alguns estigmas são perpétuos durante épocas, enquanto outros são findáveis e característicos de um contexto histórico, social e cultural. Um atributo