Resenha
DREHER, Martin N. A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Coleção História da Igreja, V.3. Editora Sinodal. São Leopoldo: 1996.
Dados do autor:
Martin Norberto Dreher (Montenegro, 1945) é um pastor luterano, professor e historiador brasileiro. Graduado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (EST) e doutor na mesma área pela Universitat Munchen, Alemanha. Cursou teologia na Faculdade de Teologia da IECLB, formando-se em 1970. Depois doutorou-se em história da igreja, pela Ludwig-Maximilians Universtät, em Munique, 1975. Foi professor de teologia e pastor em diversas paróquias da IECLB. É professor de História da UNISINOS, tem diversas obras vinculadas à história da Reforma do século XVI, da igreja na América Latina, história da colonização e imigração na América Latina, principalmente germânica.
Fichamento:
“A reforma não pode ser explicada a partir de um único acontecimento ou a partir da ação de uma única pessoa. [...] a Reforma não iniciou com a divulgação das 95 teses de Lutero em 31 de outubro de 1517. Muito antes de Lutero haviam se criado situações, haviam sido difundidas ideias, despertados sentimentos que provocaram e possibilitaram o conflito com a Igreja de então.” Pág. 14
“ [...] a Reforma deve ser vista como um período entre a Idade Média e a Idade Moderna.” Pág. 14
“[...] a tensão existente entre Sacerdócio e Império caracteriza a unidade da Igreja no sistema de cristandade medieval. [...] a Idade Média é um período de sutil equilíbrio entre Sacerdócio e Império. [...] Para assegurar a independência da Igreja, o papado buscou enfraquecer o poder do Império. Em conseqüência, os papas chegaram a assumir o comando político do mundo ocidental de então. [...] A conseqüência foi que se inverteu a ponta e, usando os mesmos argumentos dos papas, passou-se a exigir a autonomia do Estado em relação ao poder religioso.” Pág. 14
“Após o cisma (1378 – 1417; 1449) e depois do Concílio de Basiléia, os papas