resenha
GÜNTER, H. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta é a questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, v.22, n.2, p. 201-210, maio/ago. 2006.
Hartmut Günter possui graduação em Psicologia, Mestrado em Psicologia Experimental e Doutorado em Psicologia Social. É professor titular da Universidade de Brasília. Suas principais obras publicadas são: Métodos de Pesquisa nos estudos pessoa – ambiente; Psicologia Ambiental: Entendendo as relações do homem com seu ambiente.
O objetivo do texto é demonstrar que tanto a abordagem qualitativa de pesquisa, quanto a quantitativa possui suas vantagens
Os métodos científicos se transformam no decorrer da História e só podem ser compreendidos através da seguinte forma: mudanças de concepções implicam nova forma de ver e compreender a realidade, outras maneiras de atuação para se obter conhecimento e transformações do próprio conhecimento. Diferentes concepções de homem, de natureza e de conhecimento exigem métodos diferentes.
As pesquisas convencionais têm raízes no empirismo inglês. Nelas o cientista adota um método empírico indutivo. Ele observa os fatos, usando as informações obtidas por meio dos sentidos e parte do particular para formular generalizações ou enunciar os axiomas sobre os fenômenos observados. Essas pesquisas empíricas colocam de lado as noções preconceituosas, hipóteses mentais e ideias metafísicas de explicação da realidade. Seu enfoque é na objetividade do conhecimento.
As metodologias convencionais se baseiam no positivismo. Já as não-convencionais se apoiam no materialismo dialético e no materialismo histórico.
Diante de mudanças na realidade, que é cada vez mais complexa e dinâmica, houve o ensejo por metodologias alternativas. Elas procuram partir da realidade social, na sua totalidade quantitativa e qualitativa e na sua complexidade, para depois construir métodos