resenha

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA – PEDAGOGIA
ALUNA: GIULIA VIDAL GONÇALVES

- Sobre o livro A educação do Educador:

O livro aborda que o desenho infantil é a marca da criança, pois antes de aprender a escrever, ela serve do desenho como escrita. Desenha para falar de seus medos, descobertas, alegrias e tristezas. No ato de desenhar percebe-se que os pensamentos e sentimentos caminham juntos.
Entende-se por desenho o traço que a criança faz no papel ou qualquer superfície, e também a maneira como a criança concebe seu espaço de jogo com materiais de que dispõe, ou seja, a maneira como organiza as pedras e folhas ao redor do castelo de areia, ou como organiza as panelinhas, os pratos, as colheres na brincadeira de casinha, tornando-se uma possibilidade de conhecer a criança através de uma outra linguagem: o desenho de seu espaço lúdico. (MOREIRA, 1993, p.16).
Sei que tal citação acima não é a proposta da atividade, já que o exigido é depoimento final, mas gostaria de ressaltar diante a importância dessa fala antes de chegar no depoimento. A palavra desenho vai além do ato de colocar no papel o que está pensando e sentindo. O brincar da criança é um ato de desenhar. A autora possibilita para nós educadores ampliarmos nossa visão do significado do desenho, que para a criança é o primeiro projetar-se para o mundo. É no brincar que ela organiza seus brinquedos ou mesmo nos jogos que ela desenha seu espaço.
Tenho uma afilhada, de cinco anos, seu nome é Manuella. É uma menina travessa. Desde pequena adorava rabiscar as paredes. Diante a leitura, pude perceber que essa era uma forma dela se expressar. Olhando seus trabalhos antigos, pude também notar as diferenças nos traços de cada desenho.
A parte mais crucial do livro é quando a autora não expõe somente soluções como também constata o quanto as próprias crianças permitem esta submissão pelo fato de seguirem o adulto, o gosto pelo julgamento, pelas premiações e até avaliações do desenho já reprimem o