Resenha
No começo, Lessa faz alguma advertência que seu ponto de vista não se trata de ciências políticas, mas sim de filosofia política, em outro momento ele nos diz que não é contrario a representação em si, mas contra a imagem que se criou da associação entre representação e democracia e é nesse momento que seu lado filósofo aflora, pois ele não aceita pura e simplesmente a natureza dos fatos e começar a questionar o porquê da sua criação, pois ele coloca que esses temas são invenção do homem.
A tensão da qual Lessa fala, é sobre a inclusão e exclusão que causa a representação, onde muitos podem escolher os poucos que irão os representar no poder, mas quem garante que esses poucos não estarão lá somente lutar pelos seus próprios interesses? Lessa nos lembra também de que a democracia surgiu na Grécia no século V e a representação na Inglaterra por volta do século XVI.
O Professor Lessa coloca que, quando a democracia surgiu não era representativa e quando da vez do surgimento da representação essa não era democrática e que nem todos a exerciam, somente uma pequena parte da população que eram os ricos, tinha esse direito, mas que com a luta do proletariado e o desenvolvimento, mais e mais parcelas da sociedade foram adquirindo também esse direito de escolher os seus representantes. Mas aí o Professor coloca que os representantes nos termo original palavra teriam que representar os seus iguais, mas como seria possível isso, se eles só tinham o direito de escolher e não o de serem escolhidos, pois é nesse momento que a representação mostra uma de suas piores faces, que é a inclusão subjetiva e a exclusão objetiva.
Em sua palestra o Professor Lessa dá muita ênfase ao surgimento da república americana, que quando rompeu as amarras de