resenha
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – Introdução ao Estudos Históricos
PROF. PAULO PINHEIRO MACHADO
Aluna: Jane Nodari Abbade – História noturno
RESENHA
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o Ofício de Historiador: A história, os homens e o tempo; A observação histórica; A crítica. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. P.41-124.
SER OU NÃO SER HISTORIADOR???
Iniciamos a leitura com uma pergunta feita ao autor por seu filho. “Papai, então me explica para que serve a história”, simples assim mas de grande importância para um historiador. Daí em diante, o livro nos faz pensar, refletir sobre coisas que parecem óbvias e ao mesmo tempo esquecidas, viajar com ele e entender que o historiador se depara com perguntas pertinentes e portanto é chamado a prestar contas de seu trabalho.
Marc Bloch nos diz que gregos e latinos já eram povos historiadores, que o Cristianismo é uma religião de historiador. Mostra que a memória coletiva dos franceses é lembrada com menor intensidade comparada com a dos alemães.
As civilizações podem mudar, assim sendo, os historiadores deverão refletir sobre essas mudanças e seus registros devem ser sensatos, uma vez que história mal-entendida pode colocar em descrédito a melhor entendida.
Analisando a história, para o autor ela é uma ciência que na melhor das hipóteses nos entretém, para ele sempre foi algo divertido e isso foi mostrado pela clareza de seu texto que nos deixa clara a mensagem de que a VOCAÇÂO é a mola-mestra para quem tem a pretensão de ser um historiador. Fica muito evidente a posição de ofício que deve ser mantido honesto, mesmo que existam muitas dificuldades no caminho.
Suas anotações fazem com que o leitor/estudante reflita em como historiadores devem manter a curiosidade, a esperança e a busca por dados seguros que contribuam sempre para a evolução humana em busca constante de conhecimento, a despeito da opinião de “notórios” conselheiros,