Resenha
O autor é um americano linguístico e antropólogo que tem feito um trabalho influente na antropologia linguística. As análises linguísticas desenvolvidas nos artigos que compõe esta obra abordam as relações entre língua, cultura e sociedade. A seleção de textos realizada pelos organizadores evidencia a possibilidade do estabelecimento de um diálogo entre as pesquisas do professor Hanks e alguns campos das ciências humanas no Brasil, como áreas da linguística, sociologia e antropologia social. Na obra, tem em foco um conjunto específico de temas acerca da organização e da interpretação de texto. Conceitua texto e textualidade, onde podemos concluir que texto, o que quer que este seja, é um fenômeno comunicativo .E este, então pode ser visto como uma forma de capital cultura, como uma realização de um poderoso ato de fala, como um modo de naturalizar e vulgarizar realidades sociais, como um instrumento de autoridade, e como o meio ( e a medida) da disputa política.Em todas essas áreas, uma compreensão da análise textual fundada linguística e criticamente pode trazer contribuições substancias para pesquisa social. Hanks diz que textualidade, em uma primeira leitura, é a qualidade de coerência ou de conectividade que caracteriza o texto. Em tal definição, o termo não é mais nem menos vago do que o primeiro, uma vez que a conectividade pode depender das propriedades inerentes ao artefato textual, das atividades interpretativas de uma comunidade de leitores/espectadores, ou
De uma combinação de ambas. A leitura do texto permite vislumbrar a relevância da obra do autor, na medida em que ele dialoga com as discussões teóricas que, a partir de diferentes perspectivas, vem sendo empreendidas sobre a questão da radical constituição do fenômeno linguístico