Resenha
Sim, o filme é mudo. E também em preto e branco. Só isso me fez desgostar logo de cara por que, afinal, quem quer assistir a um filme mudo e preto-e-branco?
O filme conta a história do astro do cinema mudo, George Valentim e seu encontro com a jovem Peppy Miller que é fã do ator e sonha em entrar para o cinema, a história se passa através da década de 20 e de 30, o Personagem principal George Valentim, sofrendo altos e baixos.
Mas, acima de ser uma história sobre um casal, o filme é uma homenagem ao cinema. Vemos o cinema em seus primórdios, com suas evoluções ao longo das décadas já citadas. A principal delas, a passagem do cinema mudo para o falado, um marco da época.
Gostei da linguagem visual do filme, os cenários, a linguagem corporal dos atores. Por ser quase inteiramente mudo, muita coisa tem que ser “dita” de outras maneiras.
O filme é repleto de cenas em que o expectador lê mais nas entrelinhas do que nos “diálogos” dos personagens. Poderia citar mais mas esse é um filme que você tem que assistir com o mínimo possível de spoilers, caso contrário, perde a graça.
Abro um parêntese para falar do cachorro que participa desse filme, este é um show a parte. Terminei o filme querendo um igual rs, ele é uma graça, super inteligente e roubou a cena diversas vezes. Queria que houvesse uma categoria do Oscar para que ele pudesse ser indicado (melhor interprete não-humano?) por que ele realmente merece um prêmio pela atuação nesse filme.
Mas não indicaria O artista para todos, apesar de ter gostado muito. Analisando imparcialmente, é um pouco cansativo esse mudismo todo dos personagens e é uma história sem muita ação ou inúmeras reviravoltas.
Indico para quem gosta mesmo de cinema. Esses vão achar O artista uma grata surpresa. Nota 9,5 – muito bom e só não ganhou um 10 por que não o coloquei(até o momento) entre os meus favoritos. Mas tem grandes chances de se tornar um deles.