Resenha
CRÍTICA - QUASE DEUSES - O titulo original é "Something the lord made", a história real de Viven Thomas foi produzido em 2004 pela HBO, foi indicado ao Globo de Ouro como melhor minissérie ou filme feitos para a tv e rendeu uma indicação ao ator Mos Def. Levou o Emmy de melhor filme para a tv. É o tipo de filme que passa completamente despercebido se você não arriscar a ler a sinopse.
Mos Def e Alan Rickman, interpretam a história real de Viven Thomas e Alfred Blalock, responsáveis pela primeira cirurgia feita no coração - antes disso o órgão era visto como algo intocável pela medicina - que corrigia um erro de percurso numa das veias do coração que ocasionava problema de oxigenação no pulmão e a falência do individuo.
Estamos nos Estados Unidos, em plena década de 30, após a grande depressão americana. Vivien é negro, sonha em cursar uma faculdade, casar e se tornar médico. Alfred é um médico ambicioso, com certo reconhecimento na profissão, que testa em animais, técnicas para poder fazer a diferença e se sobressair perante os outros pesquisadores da área médica. O primeiro é um jovem carpinteiro e negro que vai trabalhar como ajudante no laboratório do segundo.
Sim, o conflito racial está implícito, não foi escancarado pelo roteiro, embora seja está a razão primordial do filme. Mostrar que a ignorância e o preconceito racial, pode ter castrado bons profissionais que fariam diferença, caso tivessem tido uma chance. Os militantes que lutam em prol pelas cotas de negros na universidade, terá em mãos - caso alugue o filme - um argumento incontestável.
Só no estados unidos hoje é realizada 1.750.000 cirurgias cardíacas por ano. O filme soa ralentado e quadrado. A história poderia ter sido contada com mais ousadia e agilidade. Mais a falta de tais características não desmerece um filme que poderá levá-lo as lágrimas.