Resenha
Laplantine afirma que apenas na segunda metade do século XVIII é que começou a surgir o interesse de se ter o homem como objeto de estudo, e este projeto alcançou suas primeiras realizações no séc. XIX com o nascimento das chamadas ciências humanas, entre elas a antropologia, a ciência da época supunha uma dualidade radical entre o observador e o seu objeto. Então os antropólogos da época estudaram as sociedades ditas “primitivas” ou “longínquas” como numa situação de laboratório, para assim compreenderem a organização “complexa” de nossas próprias sociedades. No começo do século XX, as sociedades primitivas começaram a escassear, pois nem estas eram poupadas do avanço social e a antropologia se vê diante de uma crise de identidade e se põe a seguinte pergunta: “a morte do selvagem há de causar a morte daqueles que haviam se dado como tarefa o seu estudo?” Três respostas podem ser dadas:
1- O antropólogo aceita sua morte e se refugia em outras ciências humanas, como a sociologia.
2- Ele sai em busca de um novo campo de estudo: o camponês, este selvagem de dentro e seu folclore.
3- Ele adota uma postura epistemológica que afirma que a antropologia não está ligada a um espaço geográfico, cultural ou histórico particular, e sim que esta é um certo olhar, um certo enfoque que consiste em: a) o estudo do homem inteiro b)o estudo do homem em todas as sociedades, estados e épocas.
O estudo do homem inteiro: só pode ser considerada como antropológica uma abordagem integrativa que objetive levar em consideração as múltiplas dimensões do ser humano em sociedade. E há cinco áreas principais da antropologia, que mantém relações estreitas entre si.
A antropologia biológica(ou física):consiste no estudo das variações dos