Resenha

1. NOTAS INTRODUTÓRIAS

A consolidação social do ser humano se deu a partir de sua percepção da necessidade de união para a manutenção da vida. A partir deste plano de fundo é que podemos observar as formações dos grandes grupos sociais. Em todo grupo há a figura de um líder, quer seja por vocação natural, quer seja por eleição provocada. Neste sentido, temos o surgimento do direito – responsável pela tutela da vida, a princípio baseado no costume. Paralelamente ao direito surge a necessidade de órgãos fiscalizadores, perpassando pelo contrato social e pela figura de um Estado centralizador, para garantia desta lei, surgindo a Polícia.
“Ainda assim, apesar de sua posição anômala, para manter o grau de ordem que torna possível uma sociedade livre, a democracia depende de maneira decisiva da força policial. Cabe à polícia prevenir contra a pilhagem de coisas alheias, dar uma sensação de segurança, facilitar o ir e vir, resolver conflitos e proteger os mais importantes processos e direitos – como eleições livres, liberdade de expressão e liberdade de associação -, em cuja continuidade está a base da sociedade livre. O vigor da democracia e a qualidade de vida desejada por seus cidadão estão determinados em larga escala pela habilidade da polícia em cumprir suas obrigações”. (GOLDSTEIN, p.13).

A sociedade passou por diversos processos de mudança até os tempos hodiernos, onde podemos observar uma criminalidade crescente acompanhada pelo aumento dos índices de violência. Observamos, depois de séculos de existência, o direito tutelando o mesmo bem com especial cuidado: a vida, e se utilizando do mesmo meio para garantir a sua execução: a fiscalização. A busca pela solução dos problemas sociais é de responsabilidade de todos, sendo delegada à Polícia a peculiar missão de garantir a paz e a ordem pública. O mosaico social do século XXI culmina na complexidade e variedade na forma, no tempo e no espaço, exigindo da segurança pública ações diferenciadas.
“Pode-se