Resenha: ‘o coronelismo numa interpretação sociológica’
A autora vem abordar o sistema conhecido popularmente no Brasil como ‘coronelismo’. Inicia-se no inicio do período republicano no final do século XIX e começo do XX. Este nome foi dado, pois a política era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros) e existindo vários tipos, ou seja, aquele que tem menos e força e aquele que tem poder nacional.
Sua origem se deu após o Brasil Império através da venda dos postos militares pelo governo da regência entre 1831 e 1842, o que permitiu que os proprietários de terra e os providos de recursos necessários comprassem os títulos de tenente, capitão, major, tenente-coronel e o mais importante de todos, coronel da Guarda Nacional. Pois Estado não tinha dinheiro para ‘bancar’ um exército. Não tínhamos como controlar todo nosso território. O coronel tinha o poder da terra, poder político e por outro lado utilizava-se de afeto para dominar a população.
Era entendido como uma forma específica de poder político brasileiro. Formavam-se através de seus aliados e apadrinhados (curral eleitoral) e assim vão criando solidariedade entre os mesmos.
No decorrer do período republicano o termo Coronelismo permaneceu existente, mas com uma representatividade mais presente no dia a dia do povo brasileiro e principalmente com maiores poderes. Nessa época, eram chamados de coronéis os grandes latifundiários, eventualmente também alguns comerciantes, que desfrutavam de um grande poder sobre trabalhadores carentes e analfabetos, o que na prática constituía grande parte da população brasileira.
Com a capacidade de exercer grande comando sobre os trabalhadores de suas terras, os coronéis formavam regimes e tributos em suas regiões, estabelecendo impostos cobrados sobre a população. Era também a partir de tal meio de controle que se formavam os traços pelos quais se desenhava toda a realidade da política nacional. Os coronéis, em acordo com os governadores, determinavam em quem seus