Resenha: ‘ unificação da elite: uma ilha de letrados’
O texto inicia-se falando sobre o elemento poderoso de unificação ideológica da política imperial, que foi a educação Superior.
Num mundo de analfabetos, a Elite era letrada e dotada de conhecimentos, quase toda a Elite possuía estudo superior com maior concentração na área jurídica fornecendo conhecimentos e habilidades; constituída numa educação homogênea que promovia contatos pessoais entre estudantes das várias capitanias e províncias vindas do Brasil para a universidade de Coimbra em Portugal.
A Universidade foi criada em Lisboa em 1920 e transferida para Coimbra em 1308, era de origem francesa a primeira dinastia portuguesa, no início predominavam as orientações jurídicas francesas e italianas marcadas pelo direito romano, onde um dos principais centro de ensino desse direito era a Universidade de Bolonha, forneceu vários romanistas a Coimbra os chamados “ bolônios”.
Em 1834, D. João I retornou a Universidade a Lisboa, ao mesmo tempo em que estendia sobre ela o controle governamental mediante a nomeação real do Provedor, era o poder monárquico, tendo grande influência no processo o “bolônio” João das Regras que dominaram até 1537. A partir de D. João II, os reis foram declarados Protetores da Universidade acabando com a livre escolha de reitores e lentes.
A Universidade voltou a Coimbra com controle jesuítico que durou por dois séculos, nesse período a Universidade se isolou da influência do progresso intelectual e científico europeu; os Jesuítas obtiveram controle do Colégio das Artes, cuja frequência era obrigatória para todos que quisessem cursar leis e cânones. A partir de 1599 implantaram a Ratio Studiorum (Ratio et institutio studiorum Societatis Jesu), que privilegiava o latim e o grego sobre a língua pátria, a teologia sobre a filosofia, o aristotelismo e o escolasticismo sobre o cartesianismo, era um esquema que ensinava decorar as leis, replicar conhecimentos, sem se preocuparem com o