Resenha - “ética social. o direito natural no mundo moderno”
Resumo
O autor nos diz que muito embora os homens sejam tratados de forma individual, não existe uma lei moral exclusiva a cada um. Ela é universal, geral. Existindo então uma lei moral universal, existe também uma “ordem jurídica básica e válida que obrigue legitimamente e por igual todos os homens e todos os povos”. Assim, o direito humano se aplica igualmente a todos os homens sem distinção.
A própria razão aponta a existência da lei natural, o que implica que nenhum homem é moralmente cego, embora em situações desfavoráveis possa manifestar-se deficiente – causa de prejuízos e infortúnios à própria sociedade, já que não se desenvolve e forma o caráter moral natural da juventude.
A moralidade se dá no desenvolver do amor – tendência humana fundamental – dentro de sua capacidade e circunstâncias, determinando assim sua individualidade e seu destino. O que podemos fazer, quando muito é definir as facetas negativas e positivas dessa moralidade individual.
O autor ainda expõe três teorias significativas a respeito desse assunto:
Kant – acaba por reduzir a razão humana aos valores de prazer e repulsa. Mostra uma essência puramente individual quando faz do interesse próprio a raiz última da moralidade. “Baseia-se a lei moral numa lei geral da razão, mas a razão conserva sua autonomia”. Porém, princípios e valores morais não são criados pelo intelecto humano, mas sim encontrados como verdades e dados evidentes. Só é moral aquilo que deriva do dever ou do amor a este. “A fundamentação kantiana da universalidade da ordem moral na razão abstrata veda qualquer acesso à moralidade individual”. Schleiermacher apontou que segundo o conceito kantiano, de que a norma da