Resenha O Zorba
“Zoba, O Grego”, o filme, apresenta elementos que nos remete a vários textos estudados ao longo desse semestre. Nesse trabalho, contudo, buscaremos demonstrar quais são esses elementos e de que forma se apresentam no filme. No filme temos como personagens em destaque Zorba, o patrão de Zorba, a Bobulina e a viúva. Analisando as características de cada um desses, observamos com mais clareza e nitidez a relação deles para como os textos trabalhados. Zorba representa um ser dotado de liberdade, sendo esta como referida no texto de Dostoievisk, intitulado “O Grande Inquisidor”, uma liberdade “incriada”, ou seja, a liberdade de espírito. Zorba utiliza dessa liberdade para mover-se sobre o globo. Ele não possui vínculos com as sociedades e muito menos com os indivíduos pertencentes a elas. Porém, há uma razão maior que o move. Embora livre Zorba, usufrui dessa liberdade de acordo com a necessidade que lhe apresentar. No filme, por exemplo, ele retorna a seu país natal devido a necessidade do trabalho. Para Zygmunt Bauman, em seu livro “Globalização: as conseqüências humanas”, Zorba seria o clássico vagabundo, que para ele representa o indivíduo que se move a partir do momento em que o chão que está sob os seus pés também começa a mover-se, não restando outra opção se não a de acompanhar o fluxo imposto. Alexis Zorba é um homem inteligente, emancipado, e na medida em que desenvolve sua razão ele sublima-se. É um ser totalmente humanizado, pois reconhece os seus desejos e os confronta, mas, no entanto, é um homem só. Isso porque, de certa forma ele está sobre as pessoas com as quais ele relaciona. Erick Fromm, em seu texto “mecanismo de fuga”, nos diz que os indivíduos que se encontram isolados, são inseguros e utilizam de uma ”liberdade positiva” para superar este estado de solidão. Esta liberdade constitui-se, segundo o autor, de um mecanismo que permite a este ser, “relacionar-se espontaneamente com o mundo pelo amor e pelo trabalho,