Resenha. Há uma significante variedade de textos que resumem as principais informações contidas em um outro texto primitivo. Este texto secundário apresenta, de forma sucinta, as questões mais relevantes do texto que serviu de base à sua construção e pode ou não ser carregado de valores, comentários e avaliações do próprio autor. Pode-se concluir que se não há inferências críticas do autor, o texto é um resumo, mas se há, a natureza deste o configura como resenha. Considerando a diversidade de materiais que podem ser resenhados e as características variáveis que ampliam o campo do gênero, podendo distorcer o foco do trabalho de pesquisa com este grupo (alunos de curso técnico), a bordagem e o estudo do gênero se restringirá a resenhas de livros ou textos teóricos. Embora alguns aspectos do texto base sejam imprescindíveis para a estrutura da resenha, como nome, autor, contexto, tema e natureza da obra, fica a critério do resenhista as informações que irá resumir, transcrever ou criticar. Por haver tanto informações do texto base quanto juízos de valores do resenhista, é de suma importância que esteja claro a quem pertence a afirmação, para que o leitor da resenha não entenda toda afirmação desta como pertencente à obra base. Contudo, o resenhista não precisa (e, aliás, é aconselhável que não o faça) colocar-se em primeira pessoa, ao avaliar as colocações do outro autor. No livro Resenha é possível encontrar um roteiro que o leitor do texto/ produtor da resenha utiliza para compreendê-lo globalmente e então percorrê-lo em busca de informações passíveis de avaliação e críticas, como transcrito abaixo: • Compreender os conteúdos globais do texto, identificando aqueles que o autor coloca como centrais e aquele que coloca como secundários. • Identificar a forma de organização do texto e a progressão do pensamento do autor. • Identificar diferentes procedimentos linguístico-discursivos de que o autor lança mão para atingir seus objetivos dentro do gênero em