Resenha - o que é ser arquiteto
Em ‘O que é ser arquiteto’, em depoimento à jornalista Cynara Menezes, o arquiteto João Filgueiras Limas (mais conhecido como Lelé) compartilha suas memórias profissionais e dá dicas aos jovens interessados no curso de Arquitetura e Urbanismo. Por se tratar de um depoimento, a linguagem do livro ‘O que é ser arquiteto’ é informal, o que torna a leitura bastante interessante. Além do conteúdo em si, que já o torna interessante. No capítulo 2, que é sobre o qual falaremos, Lelé relata sobre a questão de ética. O mesmo esclarece com alguns exemplos a forma com que o arquiteto deve agir com relação à preservação do meio ambiente (principalmente da madeira), com relação a concursos de projetos, há saber defini valores, assim como, saber ser firme quando se tem certeza do projeto apresentado – independente de códigos ou regras –, além da forma com que o arquiteto deve apresentar o seu projeto ao cliente, entre outras éticas. Ao longo do capítulo, Lelé expressa o quanto é contra a má utilização de madeira na construção civil, dando maior destaque ao desperdício causado na implantação do telhado colonial nas casas, mas só pelo fato do Brasil não ter uma cultura de reflorestamento. Esclarece também o quanto é importante participar de concurso, principalmente para os jovens, mas Lelé relata que detesta competição, quando ele relata: “Esse tipo de competição leva a um desgaste desagradável entre os profissionais, que começam a menosprezar o trabalho do colega”. Após isso, Lelé afirma que cada arquiteto tem que definir seus valores, que é bem valido, estabelecendo seus limites. E se preciso, tem que quebrar códigos ou regras, mas para isso o mesmo tem que estar seguro da proposta apresentada. Assim como o próprio quebrou uma lei sob a alegação de proteger os usuários do clube, que determinava a instalação de grades em torno da piscina, no projeto para o clube da Associação Portuguesa em Brasília. Por fim, o arquiteto afirma que cada um tem de criar