resenha "o pós-guerra"
O primeiro capítulo do Livro Economia Brasileira Contemporânea [1945-2010], “O pós-guerra”, trata da economia do Brasil na época do Nacional-Desenvolvimentismo e da Industrialização por Substituição de Importações. Os autores retratam os acontecimentos, durante os anos de 1945 a 1955, relacionados com a passagem dos presidentes Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas e Café Filho.
No início do capítulo os autores, Sérgio Besserman Vianna e André Villela, introduzem o contexto histórico da época. Apesar dos princípios liberais acordados em Bretton Woods após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), neste mesmo período pós-guerra houve sucessivas crises no balanço de pagamentos do Brasil. Obviamente, assim como dizem os autores, isso acarretou no abandono desse modelo liberal e deu lugar ao modelo de desenvolvimento industrial com forte participação do Estado, pois um modelo baseado no liberalismo poderia ser responsável por mais crises no país.
A queda de Getúlio e o fim do Estado Novo em 1945 não foram apenas uma dinâmica da politica domestica do Brasil, como questionam os autores, a ditadura de Vargas mostrava uma contradição ao apoio do país às democracias. Vargas é então forçado a renunciar e Dutra se torna o novo presidente após as eleições.
Vianna e Villela relatam que ao final da Segunda Guerra as autoridades monetárias e cambiais do Brasil foram vitimas de “ilusão de divisas”, nas palavras dos próprios autores o governo “acreditava” e tinha “esperança” em uma evolução favorável do setor externo. Então, o governo Dutra tratou a inflação como o maior problema a ser resolvido. Ao se desfazerem as ilusões do governo, os autores expõem que uma opção natural seria desvalorizar a moeda, porém, o governo optou por instituir controles cambiais e de importações. Entretanto, um dos resultados dessa politica cambial foi a perda de competitividade das exportações brasileiras que, com exceção do café, se contraíram entre 1947 e