Resenha: o problema da alfabetização

Resenha: “O problema da alfabetização” O texto começa abordando o ponto de vista humanista, não idealista, parte do analfabeto como ser humano e não do analfabetismo que é o conceito abstrato. O analfabeto é uma realidade humana, enquanto o analfabetismo é uma realidade sociológica. A definição parte da existência do analfabeto da sua realidade e das relações sociais que mantem. O analfabeto não é aquele que não sabe ler, mas aquele que por condições de existência não necessita ler. Considerando assim que é o trabalho que alfabetiza ou analfabetiza o sujeito. As concepções e a consciência referentes ao analfabetismo colocam o analfabeto e sua família como principais responsáveis, jamais a sociedade como um todo, e quando é mencionada a sociedade a entende como um simples meio ambiente, uma realidade física, sem consequências. Para “combater” ou “erradicar” o analfabetismo é proposto pelas elites intelectuais “campanhas” de ação governamental, onde deveria haver apenas a ação constante e entender do poder publico que atuaria sobre as causas sociais do analfabetismo, neste ponto é necessário distinguir o comportamento da consciência ingênua do comportamento da consciência critica. A consciência ingênua exprime duas atividades antagônicas: a recusa aos índices, ou a inquietação. A consciência critica procede de outra maneira. Não a recusa o valor dos índices educacionais, mas o submete a analise com o intuito de aprender seu significado. Na alfabetização de adultos o ponto que mais sobressai é aquele que não se limita a considerar que se trata de um mero processo de transmissão de uma técnica, mais de produzir uma mudança na consciência do educando. O método critico visa construir no educando uma visão critica de si e da sua realidade, tornando o sujeito de sua transformação pessoal. O fundamento humanista e dialético do método critico esta na simbolização do pensamento do educando. É necessário entender que o analfabeto adulto, vive numa