Resenha O Homem e Seus Símbolos
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Em seu livro O homem e seus símbolos, Carl G. Jung aborda, no primeiro capítulo “Chegando ao inconsciente”, o valor simbólico dos sonhos, envolvendo alguns subtemas como a religião, a mitologia, os contos de fadas, a arte, a superstição, a premonição etc, exemplificando com casos de seus pacientes. De maneira geral Jung descreve o sonho como um elo entre o inconsciente e consciente. O símbolo é uma forma de representar o abstrato – religião, cultura, tempo etc –, que nos induz às profundezas do inconsciente, portanto é, para Jung, a principal fala da psique humana. No decorrer da minha leitura pude perceber que Jung, apesar de reconhecer os avanços positivos da sociedade "racional", como o desenvolvimento da tecnologia, por exemplo, acredita que muito do primitivo se perdeu, o homem agora é seguidor da Razão e já não atribui mais o mesmo valor aos símbolos, às crenças e a fé presentes neles. Por um lado é verdade que grande parte da sociedade atual passou a desacreditar das manifestações de seu inconsciente, por puro medo de si mesma e do que essas representações possam significar. Desta forma é simplesmente mais fácil ignorar tais acontecimentos inconscientes, ao invés de interpretá-los e dar significado a eles. Há, por exemplo, quem se recuse a acreditar na existência de Deus, por nunca tê-lo visto, ouvido ou encontrado rastros de sua passagem pela Terra. O ser racional teme em acreditar no que não tem uma prova concreta e material ou uma comprovação científica, por isso evita aceitá-lo. Mas apesar disso, não posso concordar que o valor simbólico foi absolutamente perdido. O ser humano é altamente dependente do inconsciente e do simbólico em situações extremas ocorrentes em sua vida que parecem não ter qualquer explicação consciente plausível, sendo assim, a fé acaba sendo utilizada como uma válvula de escape, em que a explicação vem a ser unicamente inconsciente. Um exemplo disso pode ser um homem perdido em