Resenha: O brincar no processo de humanização da produção dos cuidados pediátricos.
Mitre, R.M.A. O brincar no processo de humanização da produção dos cuidados pediátricos. In: Deslandes, S.F. (Orgs.). Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. 2ª Reimpressão. Rio de Janeiro/RJ: Editora Fio Cruz. P. 283-300.
Basicamente, o texto visa demonstrar quão importante é o brincar para uma criança, independentemente da situação em que ela encontra: sadia ou hospitalizada. Segundo o texto, o brincar é um domínio não verbal de comunicação. Por meio dele, a criança consegue expressar sentimentos que nem sempre ela consegue verbalizar. Por exemplo, em um momento brincando com uma boneca, uma criança pode fazer com ela algo que imite um abuso que ela sofreu e não consegue denunciar.
Assim, o brincar se torna uma ferramenta importantíssima para identificar sentimentos e faz parte do processo de formação da criança, brincando ela pode aprender muito. Quando estive no intercâmbio do TCS Estilo de Vida, houve uma palestra em que um treinador profissional de vôlei citou que ele sempre deixa as jogadores aquecerem com um jogo de brincadeira, sem cobranças, porque muitas vezes ali no aquecimento, jogando, elas aprendem mais sobre vôlei do que se tivessem engessadas na técnica, exemplificou ainda que muitas jogadoras tem um saque dificílimo de fazer, porém elas sempre sacaram daquele jeito, completou dizendo que se um dia ele explicar a técnica daquele saque, elas errariam. Isso porque tiraria o “jeito” delas, tornaria mais técnica e menos brincar, e, segundo ele, a melhor forma de treinar é brincando.
Além disso, o brincar aparece como uma atividade terapêutica dentro dos hospitais. As crianças, ao brincar, podem eliminar frustrações ou mesmo transbordar seu estranhamento com aquela situação, dando informações preciosas para os profissionais que cuidam delas. Reparei por diversas vezes no “cantinho de brincar” da pediatria do HUAP, achava uma ideia genial! Ao ler o texto, descobri que existe uma lei que obriga ter a