Resenha I Brasil II
CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL II
PROFESSOR: JOSÉ OTÁVIO AGUIAR
ALUNA: LARISSA ALBUQUERQUE
CARVALHO, José Murilo de. D. Pedro II ser ou não ser, São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Segundo o autor, D. Pedro II foi um Habsburgo perdido nos trópicosHomem de grande estatura, louro, olhos azuis, barba espessa e num paísde uma minoria elite branca envoltapor uma multidão de negros e mestiços. Órfão de mãe e pai, o mesmo também era órfão de país. As pessoas que o educavam, procuravam fazer dele um chefe de Estado perfeito, sem paixões, escravo das leis e do dever. Dom Pedro II foi criado para ser o oposto do pai, ensinaram-lhe a ser comedido. Porém, por trás dos rituais da monarquia, havia um ser humano marcado pelas tragédias domésticas, cheio de contradições e paixões, amante das ciências e das letras, herança da mãe e um homem apaixonado pela condessa de Barral. Passou a vida tentando ajustar-se a um modelo de servidor público exemplar, exercendo com zelo um poder que o destino lhe pusera nas mãos.
De acordo com o autor, o imperador incorporou os hábitos da disciplina e pontualidade que lhe incutiram na infância. Ao longo da vida, sempre teve mania de estabelecer horários rígidos para tudo, onde quer que estivesse, no Brasil ou no exterior. Esclarece ainda que o imperador menino devia seguir rigorosamente um regulamento todos os dias como levantar-se às sete horas da manhã. O almoço era às oito horas sempre com a presença de um médico, para evitar comer muito, embora a comida nos palácios fosse considerada ruim, o imperador sempre apresentou ótimo apetite. Das nove às onze e meia deveria estudar, e somente divertir-se até a uma e meia. O jantar era às duas da tarde. A conversa sempre referente a assuntos científicos e de beneficência. Não poderia almoçar com as irmãs e somente frequentava seus aposentos depois do almoço. Havia no fundo uma necessidade de formar um