Resenha A VITA ACTIVA E A ERA MODERNA
Celso Lafer. 10 Ed, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. (Capítulo IV).
A VITA ACTIVA E A ERA MODERNA
Rut’Abigail Vilar Alves
Hannah Arendt, nascida Johanna Arendt em Linden, Alemanha, no 14 de outubro de 1906
e faleceu em Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 4 de
dezembro de 1975. Foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes do século XX.
A privação de direitos e perseguição na Alemanha de pessoas de origem judaica a partir de 1933, assim como o seu breve encarceramento nesse mesmo ano, fizeram-na decidir emigrar. O regime nazista retirou-lhe a nacionalidade em 1937, o que a tornou apátrida até conseguir a nacionalidade norte-americana em 1951.
Autora de vários livros como O conceito do amor em Santo Agostinho: Ensaio de uma interpretação filosófica, As origens do totalitarismo, A Condição Humana, entre outros.
No livro A Condição Humana adota a clássica tripartição grega e enfatiza a importância da política como ação e como processo, dirigida à conquista da liberdade, exposta no capítulo I:
Com a expressão 'vita activa', pretendo designar três atividades humanas fundamentais: labor, trabalho e ação. (...) O labor é a atividade que corresponde ao processo biológico do corpo humano (...). A condição humana do labor é a própria vida. O trabalho é a atividade correspondente ao artificialismo da existência humana (...). O trabalho produz um mundo
"artificial" de coisas, nitidamente diferente de qualquer ambiente natural. A condição humana do trabalho é a mundanidade. A ação, única atividade que se exerce diretamente entre os homens sem a mediação das coisas ou da matéria, corresponde à condição humana da pluralidade, ao fato de que homens, e não o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo. Todos os aspectos da condição humana têm alguma relação com a política; mas esta pluralidade é especificamente 'a' condição (...) de toda a vida política.
(ARENDT, 2007,