resenha: A política do universalismo hoje em dia. In.: O universalismo europeu. A retórica do poder.
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WALLERSTEIN, Immanuel. A política do universalismo hoje em dia. In.: O universalismo europeu. A retórica do poder. São Paulo: Boitempo, 2007. Dentro do chamado universalismo europeu encontramos diversos lideres mundiais, mídia e intelectuais que buscam legitimar suas verdades e valores universais. Eles justificam assim o seu direito de intervir no sistema-mundo moderno. Ao analisarmos como essa justificação se dava, verificamos diversas explicações morais: a lei natural e o cristianismo no século XVI, a missão civilizadora no século XIX e os direitos humanos e a democracia no final do século XX e o início do século XXI. Existe uma espécie de luta ideológica no mundo contemporâneo, entre o universalismo europeu, que está ligado à expansão dos povos e dos estados europeus pregando sua ideologia como sendo legitimamente verdadeira, e o universalismo universal, que seria o universalismo genuíno. O argumento comum, seja teológico ou filosófico secular, está na universalização dos termos como civilização, progresso e evangelização embutido de interesses principalmente econômicos. Quem refutasse tais pensamentos teria que argumentar tanto contra crenças como contra interesses materiais. Las casas, primeiro padre a ser ordenado no novo continente, teve um papel importante nesse cenário, ele teve como tema principal de sua vida condenar as injustiças causadas pelo sistema, dentro desse universo o da encomienda. Em termos do direito de intervir, quando e como, Las casas argumentava sobre a questão da flexibilização do termo bárbaro, utilizava o principio do mal menor e pregava a flexibilidade quanto aos não-cristãos , pois eles não podiam estar sujeitos a uma forma de religião que nunca ouviram fala. Sepúlvera, adversário em termos teológicos e intelectuais de Las casas, argumentava que o fato de serem bárbaros, praticarem a idolatria, sacrifício humano deveriam que ser punidos pelas leis divinas naturais,