RESENHA A dialética do trabalho: escritos de Marx e Engels
Resenha
No livro A dialética do trabalho: escritos de Marx e Engels são delineadas as categorias- chave para a compreensão do modo pelo qual o trabalho é configurado na sociedade capitalista. Sendo, portanto, essencial a sua leitura para entender a dinâmica do capital.
O trabalho é um processo que se dá entre o homem e a natureza, onde o primeiro transforma a segunda e, desse modo, transforma também a si próprio. No entanto, no capitalismo, o trabalho se configura como mercadoria que produz valor à medida que é consumido.
O homem se diferencia dos animais porque o produto do seu trabalho possui intencionalidade, não é fruto de um mero fazer, mas é pensado antes de ser objetivado. Considera-se trabalho morto aquele trabalho já acabado e trabalho vivo como a realização das capacidades do trabalhador. Ou seja, “no processo de trabalho a atividade do homem efetua, portanto, mediante o meio de trabalho, uma transformação do objeto de trabalho, pretendida desde o princípio. O processo extingue-se no produto. O trabalho está objetivado e o objeto trabalhado”. (ANTUNES, 2004, P. 41)
“O processo de trabalho (...) é atividade orientada a um fim para produzir valores de uso, apropriação do natural para satisfazer as necessidades humanas (...) sendo igualmente comum a todas as suas formas sociais”. (ANTUNES, 2004, p. 46) Porém, no capitalismo, para que uma mercadoria seja produzida, é requisitado não só que ela tenha valor de uso (utilidade, atenda a alguma necessidade), é importante também o seu valor de troca, que essa mercadoria possa ser vendida.
O capitalista compra a força de trabalho do trabalhador, que se subordina a ele em troca de um salário para assegurar a sua própria existência. Assim, sua força de trabalho pertence ao comprador dela – o capitalista – e o resultado do seu trabalho também.
O valor de toda mercadoria é calculado segundo a