Resenha “a cultura da virtualidade real – a sociedade interativa” – manuel castells
Devido ao grande avanço tecnológico, estudos ligados as CMC tornam-se obsoletos rapidamente, as abordagens passam a ser mais gerais e de cunho “metodológico para a discussão das implicações sociais dos novos processos de comunicação” (Castells, 1999 p. 382). Apesar de inovadora e tida como o futuro da comunicação, a CMC não consegue alcançar toda a população mundial, consequência da falta de acesso a este meio, proporcionado pelo crescimento estrondoso de todas as tecnologias e consequentemente de seu custo.
Sua inclusão foi crescente na década de 90, porém seu buzz não alcançou a televisão nem de perto, muito menos atualmente, apesar de sua difusão rápida e eficaz de informações a penetração em âmbito mundial ainda está abaixo de outros meios, como por exemplo, os bips e pagers que dominaram aquela década.
Mesmo com computador, sem o acesso à Internet, o isolamento à informação é inevitável. Segundo Castells, a imprecisão dos estudos ligados a CMC acontece devido aos BBS gerados por estimativas, pois nem sempre um usuário conectado à Internet está compartilhando informações, e quando compartilhadas mais da metade das informações aborda sobre os próprios computadores, não caracterizando uma disseminação de informação.
O acesso aos computadores é seletivo, somente os grupos mais privilegiados têm acesso a CMC. O perfil dos usuários da CMC, conforme pesquisas realizadas nos EUA e no mundo, é de homens, entre 18 e 34 anos. Em outro levantamento foi verificado que o perfil era de homens de alto poder aquisitivo com idade média de 36 anos. Portanto, conclui-se que apesar da grande expectativa imposta neste meio e da sua funcionalidade e alcance magníficos, a CMC ainda está restrita aos países mais ricos e as pessoas com condições de adquirir tal equipamento. É inegável que o futuro está nas mãos dos computadores, mas ainda não podemos colocá-lo como o principal meio de comunicação