Resenha a arquitetura da felicidade
A partir de diversos exemplos, com construções, esculturas e quadros, o autor tenta demonstrar que algumas características simples desses, às vezes, podem nos trazer doces lembranças da infância ou o aconchego que só uma casa de avó pode ter. Por outro lado, algumas formas são capazes de nos causar repulsa, sentimentos tristes e até angústia e depressão.
Na arquitetura, Alain de Botton afirma que queremos buscar o melhor de nós. Queremos ter a ideia, com base em fachadas, de como seria morar no passado ou de como vai ser o futuro, e podemos observar como as construções podem ser humildes, esnobes, aristocráticas ou religiosas. Ou seja, o que buscamos na arquitetura não é diferente daquilo que procuramos quando fazemos amigos.
Segundo Karl Friederich, em seu texto “Construir, habitar, pensar” o construir-habitar faz diretamente parte do Ser-homem, a arquitetura modifica o modo como o homem vive e como ele se vê. A função da arquitetura é transformar algo útil e prático em algo belo, uma vez que apenas o detalhamento construtivo dos engenheiros não são suficientes para causar o impacto e as impressões que o decorativo pode trazer. Pensava-se, pois, que “a essência da grande arquitetura estava no que era funcionalmente desnecessário”. Alain passa a uma análise da arquitetura, partindo da teoria de que as construções “falam”, sejam pelas suas formas ou por referências, que elas “têm” personalidades e emoções humanas e que elas fazem parte do Ser-homem que os habita.
Alain critica a arquitetura que não é “pura”, no sentido em que no exterior representa um estilo antigo, por exemplo, e seu interior está cheio de modernidades. A maneira de resolver esses problemas da arquitetura é que devemos projetar a nossa personalidade no local, fazendo da