Resenha filme: Arquitetura da Felicidade
Arquitetura e Urbanismo
"Arquitetura da Felicidade"
Goiânia
2014
Em que medida dependemos do ambiente em que vivemos para nos sentirmos bem? Será que se morarmos em uma cidade, digamos São Paulo, onde até bem pouco tempo atrás encontrávamos toda sorte de propagandas, outdoors, e ainda encontramos, no geral, uma vista "cinzenta" (para não mencionar as favelas, sujeira nas ruas, pichação em prédios etc.), conseguiríamos levar uma vida feliz? Seria a influência desse tipo de ambiente público inócua sobre nossos sentimentos? E quanto a nossos ambientes privados, nossas casas. Quanto delas dependemos para sermos felizes?
A arquitetura é uma linguagem onipresente, para onde quer que olhemos sempre veremos arquitetura, por isso não podemos ignorar a capacidade da arquitetura quanto linguagem, ou seja, a sua capacidade de comunicar, por exemplo, aquilo que somos ou que queremos ser. Aliás, toda a arquitetura moderna surge com esta função: a de construir algo novo, algo que queríamos ser.
Porém, nem sempre o "novo" é visto com bons olhos, como é mostrado no documentário a que relato a respeito. Muitas vezes as pessoas sentem medo da mudança, medo de que o "novo" traga consigo uma desconexão com o passado e com os costumes tradicionais dos quais já estão habituadas.
A arquitetura modifica o modo como o homem vive e o modo como ele se vê perante a sociedade, podendo também provocar sentimentos e emoções, dependendo do objeto construído.
Partindo de uma premissa similar, o documentário se aprofunda no fato de como a edificação modifica o homem, começando por trazer material relativo à felicidade em si e sobre a relação do homem com o espaço construído, convidando o expectador a analisar a si próprio, o espaço no qual vive e o espaço que constrói.
O embate funcionalidade x estética também é discutido. Ambos são apresentados como interdependentes, pois a estética é mais uma das funcionalidades da arquitetura. As construções não apenas