resenha “A alegoria do patrimônio”
“A alegoria do patrimônio”
O patrimônio histórico na era da indústria cultural
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
ARQUITETURA E URBANISMO
SÃO PAULO, MAIO DE 2013
O Patrimônio Histórico na era Industrial Cultural
O monumento e a cidade histórica é a marca da passagem do tempo pelas sociedades, e evidencia a relação do ser humano com o meio ambiente. Segundo Choay, “as antiguidades funcionam como um espelho. Espelho que cria um efeito de distancia, de afastamento, propiciando um intervalo, onde se haverá de instalar o tempo referencial da história. Espelho que mostra também à sociedade humanista uma imagem desconhecida, por definir, de si mesma como alteridade.” (Choay, Françoise. “a Alegoria do Patrimônio”, 2001).
As antiguidades, monumentos históricos, se sobrepõem a qualquer evidencia escrita, pois exibem a sua superioridade na visão, pois estuda-las ou analisa-las é como olhar para um reflexo do passado, onde podemos observar e atribuir identidades as civilizações do passado, bem como observar culturas e técnicas e habilidades que foram levadas com o tempo, essa junção de estudos, pesquisas e analises, leva um culto do objeto do passado, visto que a passagem do tempo é irrevogável. Esse culto foi se transformando aos poucos, sendo simbolizada pela “Convenção relativa à proteção do patrimônio mundial cultural e natural”, de 1972, adotada pela UNESCO. A preservação seria uma responsabilidade universal, cabendo a todos os países dispostos a cooperação, preservar o patrimônio para as gerações futuras, contribuindo-se mutuamente nos campos financeiros, artísticos, científicos e técnicos.
Os avanços dos estudos possibilitaram também, que “objetos considerados sem valor” advindos da massificação da era industrial, pudessem ter também direito a conservação, assim como as produções da era industrial encontraram espaço e respeito, sendo também produto do homem em sua relação com o tempo, foram também