Resenha Vida Captital

1750 palavras 7 páginas
Universidade Federal Fluminense
Instituto de Artes e Comunicação Social
Departamento de Artes
Métodos de Pesquisa e Planejamento Cultural
Professora Flávia Lages
Graduanda Inês Chada
Niterói, 07 de março de 2013.

Resenha

Vida Capital: ensaios de biopolítica

Peter Pál Pelbart

O presente livro trata principalmente da questão da vida na contemporaneidade apontando como o capital está cada vez mais entrelaçado a nossa existência, desde o corpo até a subjetividade, no corpo e na alma, ou seja, tanto no aspecto material quanto imaterial de nossas vidas.
De fato, como poderia o império atual manter-se caso não capturasse o desejo de milhões de pessoas? (...) O fato é que consumimos, mais do que bens, formas de vida – (...) Chame-se como se quiser isto que nos rodeia, capitalismo cultural, economia imaterial, sociedade de espetáculo, era da biopolítica, o fato é que vemos instalar-se nas últimas décadas um novo modo de relação entre o capital e a subjetividade. 1

O livro é estruturado em 11 partes, reunindo textos a maioria decorrente de apresentações em Congressos ou publicações em revistas, outros inéditos. Pelbart é filósofo e leciona no Departamento de Filosofia e no Pós de Psicologia Clínica da PUC-SP. Dentre as principais referências teóricas ao longo dos ensaios estão o pensador italiano Antonio Negri e outros, que dialogam com o legado político e filosófico de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Partindo da relação entre o capital e a existência o autor desenvolve ao longo de ensaios alguns pontos chave na compreensão desta nova era em que vivemos, são eles: biopolítica versus biopotência, a definição de Império, desenvolvida por Toni Negri e Michael Hardt, o poder da multidão, capitalismo rizomático e por fim a relação entre política e cultura na contemporaneidade. 2 Pelbart propõe uma ressignificação da vida no atual modelo de capitalismo. Da mesma forma que ela passar a ser apropriada e “vendida”, ela também pode ser uma resistência:

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