Resenha Venturi
No livro Complexidade e Contradição em Arquitetura de Robert Venturi é mostrado que o problema da arquitetura e do urbanismo modernista era serem enfaticamente reducionistas, resolvendo os problemas de maneiras a limitá-los, por meio de soluções puras e tediosas,ele ensina que os níveis contraditórios de significado e uso em arquitetura são subentendidos pela conjunção “contudo”.
Este ‘‘contudo” mostra uma arquitetura contraditória desde o programa, a estrutura.
Desta forma ele compara com a tradição do “ou... ou”, que caracterizou a arquitetura moderna ortodoxa, eles eram disciplinados em optar por um ou por outro caminho.
“Espaço fluente” passou a significar estar fora quando se estava dentro e, dentro quando se está fora em vez de ambos ao mesmo tempo.
Este tipo de manifestação tende mais para o “tanto... como” do que para o “ou...ou” e isso gera ambigüidade e contradição.
Quando trata da questão de ambigüidade, ou seja, de ter mais de um sentido, que por muitas vezes poderiam não ser atraentes, mas é uma situação em que os arquitetos se deparavam com freqüência, no livro ele propõe a inclusão de elementos de dupla função, que nos conduzem a uma interpretação mais ampla, arquiteturas que são “tanto...como”, trata-se das necessidades espaciais, estruturais, programáticas e simbólicos.
Venturi fala da proporção e visualização, o tamanho de um elemento em relação ao conjunto da obra, a diferença que este elemento causa na arquitetura como um todo.
Venturi menciona a questão dos elementos numa obra e sua visualização, a proporção e a ambigüidade que ele pode trazer como um todo, tanto para aumentar, diminuir, mesmo que este elemento não tenha uma boa relação com as demais dimensões da obra, ele torna-se necessário para que tenhamos infinitas possibilidades interpretativas.
Trazendo novamente o sentido de “tanto...como”, desta forma utilizando-se da ambigüidade a obra pode ter vários sentidos