Las vegas tem o que ensinar
Resenha parcial
VENTURI, Robert, Denise Scott Brown & Steven Izenour. Aprendendo com Las Vegas. São Paulo: CosacNaify, 2003.
Las Vegas tem o que ensinar
Ao contrario do que muitos arquitetos e urbanistas acreditam e defendem, os autores deste livro trazem uma noção mais didática de Las Vegas, ou seja, muitos criticam a cidade e sua organização urbana, porém, neste livro, mostra-se outra visão do que se tem para aproveitar com relação ao entendimento desta cidade, não deixando de contribuir com suas criticas.
Para começar eles citam a defesa de Le Corbusier dizendo que a cidades modernas deveriam abrir mão do antigo e dar espaço para um novo ambiente com uma nova configuração, como foi feito em Paris com o Plano de Haussmann.
Negando tal citação modernista, como quase sempre Venturi faz em seus livros, eles colocam que o antigo deve ser mantido e tido como base para a construção do novo tendo seus erros reparados e as melhoras e necessidades realizadas, quase como o plano de Cerdá para Barcelona.
O urbanismo americano, especialmente no caso de Las Vegas, tende a seguir uma linha urbanística e arquitetônica mais “comercial” – como colcoam alguns autores – e Vegas tem como principal foco a comunicação, que a meu ver chega a ser muito exagerada.
Pensando dessa forma, os autores colocam que a arquitetura pode ser comercial, porém não pode deixar de ter seu caráter histórico, ou seja, dá para se criar uma arquitetura comercial sem deixar de lado os ensinamentos dos defensores e criadores dos movimentos arquitetônicos ocorridos anteriormente, em outras palavras, não podemos criar uma arquitetura ao gosto do cliente sem deixar nossa marca e estudos de uma arquitetura que se foi desenvolvendo ao longo dos anos.
Contrapondo os modernistas, cita-se o fato deles negarem a arquitetura monumental, pois a arquitetura deve ser contemplada como um todo e não apenas os seus elementos estruturais, ou o seu tipo de vedação. Seguindo, eles