Resenha "Uma nova Centralidade da Região Metropolitana de São Paulo", elaborado por Maria de Fátima Infante Araújo
Infante Araújo
No início do texto, a autora Maria de Fátima infante Araújo contextualiza um pouco do que era a época em que ela escreveu o texto. Vale lembrar que o texto é de 1992 e, portanto, ela começa sua descrição sobre o panorama brasileiro na década de 80, onde apesar de registrar alguns períodos de recuperação econômica, o que se viu foi “uma grave crise econômica e social” açoitando o país.
A partir daí, a autora passa a analisar os efeitos e consequências dessa crise na cidade de São
Paulo, que ao longo dos anos foi perdendo sua importância e capacidade de produção e também o dinamismo de sua economia interna. Nesse período ocorre um rearranjo das localizações das grandes industrias, que migram principalmente para outras cidades da RMSP, como o ABC, Osasco e Guarulhos e também o interior paulista, deixando a cidade em uma situação dicotômica, com a presença de industrias mais antigas, sobretudo a têxtil e também industrias menores, principalmente aquelas com “maior requisito tecnológico e menor impacto ambiental”. Nessa fase é possível observar uma ascendência do setor terciário, que alcança uma representação importante principalmente pelos serviços prestados à essas industrias.
A autora segue o texto enfatizando o papel do terciário na economia da RMSP, trazendo o setor terciário como não apenas um setor informal, mas muitas vezes sendo o protagonista, ou talvez um motor de reestruturação e sofisticação, muito por sua heterogeneidade e integração com toda a cadeia produtiva. Em seu texto, a autora cita Cano e Semeghini para analisar a dinâmica do setor terciário em SP. Eles defendem que a “expansão e a diversificação industrial, responsáveis pelo aparecimento de uma demanda por serviços especializados e pessoais; e a condição de metrópole nacional” reafirmaram São Paulo como principal cidade brasileira.
Todo esse desenvolvimento