Resenha, SOJA, Edward W; Geografias pós-modernas capítulo 1
Rebeca Mota Brito
Resenha : Geografias pós-modernas capítulo 1
SOJA, Edward W. Geografias pós-modernas: a reafirmação do espaço na teoria social. Tradução; Vera Ribeiro; revisão técnica, Bertha Becker, Lia Machado.2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
Este capítulo trata da teoria social crítica e de como ela se reconfigurou diante das modificações ou modernizações capitalistas, as influências modernistas no que concerne a transformação do discurso histórico crítico e a nova configuração espaço/tempo advinda da crise do modelo fordista.
A teoria social crítica é, segundo Sojar, a “busca de uma compreensão prática do mundo como meio de emancipação, em contraste com a manutenção do status quo” (p.22). Essas teorias, diferente das teorias sociais que apenas retratam as práticas e representatividades coletivas –sem estabelecer relações entre o sistema político (capitalismo) e como ele organiza as estruturas sociais para sua manutenção –pretende-se, através da análise histórica dos processos humanos, lançar uma análise crítica, que conteste e promova a superação das contradições capital x trabalho intrínsecas à luta social (luta de classes). O denominado discurso histórico crítico por Sojar
[...] se coloca portanto, contra as universalizações abstratas e transhistóricas (inclusive as noções de uma “natureza humana” geral, que explica tudo e nada ao mesmo tempo); contra os naturalismos, os empirismos e os positivismos que proclamam as determinações fpisicas da história, separadas das origens sociais; contra os fatalismos religiosos e ideológicos que projetam determinações e teleologias espirituais (mesmo quando são transmitidos revestindo-se da consciência humana), e contra toda e qualquer conceituação do mundo que congele a frangibilidade do tempo, a possibilidade de se “quebrar” e refazer a história.
O marxismo moderno, e sua análise materialista histórico-dialética, excluía da teoria social crítica à análise