Resenha sobre o livro, “A sociedade contra o estado”
Para Clastres fica claro que nenhuma classificação das sociedades empíricas possa vir a esclarecer sobre a natureza do poder político ou sobre as circunstancias do seu surgimento, tornando isso um enigma que persiste em seu mistério. Para Lapierre “o poder se realiza numa relação social característica: comando-obediência; dando a entender que sociedades que não há essa relação são sociedades sem poder”.
Quando Max Weber e Nietzche abordam sobre o poder, eles são categóricos em enfatizar que não tem como pensar no poder sem associa-lo a violência, sendo assim, o poder de Estado como monopólio do uso legítimo da violência.
Raramente livros literários entram a fundo em determinados temas, como no caso sobre os indígenas, onde muitos se abdicam de abordar, por exemplo, a violência nas tribos. Não existe uma forma direta de se comparar sociedades diferentes, isso porque a História já comprovou que as tecnologias selvagens, dos povos primitivos, podem ser muito mais rentáveis. Clastres diz que as sociedades primitivas sempre são retratadas de forma negativa, sendo referidas como “sociedades sem escrita, sem fala, sem história”. Segundo Clastres, a estrutura econômica dessas sociedades é baseada na economia de subsistência, só enfatizando o quanto essas sociedades são ignorantes e não trabalham para que sua economia venha a ser de mercado, viabilizando assim a produção de excedentes, pois como explica no texto a produção de excedentes não é efetuada porque os nativos não vêem necessidade, eles colhem, plantam e caçam de acordo com a necessidade da tribo, e os eventuais excedentes são consumidos em comemorações; também há o pensamento de que devido à inferioridade tecnológica os primitivos não produzem