Resenha sobre o filme: “Capitalismo: uma história de amor”

Resenha sobre o filme: “Capitalismo: uma história de amor”

O filme: “Capitalismo, uma história de amor” trata de uma visão crítica ao sistema capitalista, sobretudo, ao aumento da extensão e do poder das grandes corporações, a partir do governo de Ronald Reagan até o governo de George Bush, o filho. Esta extensão do poder das corporações se deu respaldada no pensamento neoclássico, que tem como maior mentor, Alfred Marshall, mas que tem por seus maiores articuladores em tempos atuais, Hayek e Friedman; este pensamento remonta as ideias dos clássicos da economia como Adam Smith, David Ricardo entre outros. Ideias que defendem a não intervenção da economia em períodos prósperos, porque o Estado só age impedindo o equilíbrio entre oferta e demanda, através de impostos e tributos, por exemplo. Para os clássicos, a economia caminha para um sistema de concorrência perfeita em que várias empresas ofertariam seus produtos ou serviços, de forma que se seriam tomadoras de preços, e a concorrência faria com que o preço diminuísse, e as pessoas (consumidores) poderiam consumir mais. Deste modo, o Capitalismo colaboraria com o próprio aumento da liberdade humana, na medida em que, o mercado seria o lugar em que essas liberdades melhor se expressassem, já que você pode comprar ou vender qualquer coisa no mercado( isto a grosso modo, em uma sociedade neoliberal). Como é mostrado várias vezes através nos discursos de Bush em favor da iniciativa privada. No entanto, o pensamento de Michael Moore, autor do filme, se mostra totalmente cético a esta tendência a concorrência nos mercados. Pelo contrário, Moore expõe constantemente que as grandes corporações vem ampliando seus domínios, aumentando sua eficiência a custo de uma estabilização dos salários reais de seus trabalhadores, ocasionando, por conseguinte, lucros exorbitantes. Nesse sentido, o pensamento de Moore, baseado na crítica aos neoclássicos( aqueles que defendem a não intervenção do Estado na economia, porque a