Resenha do filme “capitalismo: uma história de amor” e sua relação com a visão de max weber
O documentário “Capitalismo: uma história de amor” de roteiro e direção do cineasta Michael Moore, lançado em 2009 é um filme que procura descobrir a verdadeira essência do capitalismo não só nos EUA, mas também no mundo como um todo. O cineasta escolhe os EUA como um espelho que refletirá a situação em escala global do capitalismo. Além disso, ao longo do filme Michael tenta de diversas maneiras descobrir o por quê desse amor ao capitalismo e qual é o preço que os Estados Unidos e os demais países do mundo pagam por seu amor à esse sistema econômico, político e social.
Tendo essas questões como foco de sua obra, Michael faz uma construção histórica do capitalismo para respondê-las e para descobrir como essas respostas irão ajudar a comprender o desencadeamento da crise financeira global de 2007–2009 (momento de transição do governo de George W. Bush para o de Barack Obama). O cineasta utiliza uma técnica de captação de imagens simples sem muitos aparatos tecnológicos sofisticados que dá uma visão bem próxima e realista das situações mostradas no filme, ele também atua diretamente no filme desempenhando o papel de entrevistador.
No filme Moore procura mostrar ao público situações que expressam a verdadeira realidade da economia capitalista nos EUA, para isso ele conversa com pais de família afundados em hipotecas, questiona congressistas, persegue executivos das grandes corporações em Wall Street, mostra acordos estabelecidos entre pessoas públicas e grandes empresa, mostra as mentiras ocultas do sistema capitalista e as traições do sistema para com a própria sociedade.
O cineasta mostra ao longo do documentário como foi criada a bolha de ilusão pelo capitalismo nos EUA após o fim da II Guerra Mundial, que provocou no país a geração de uma classe média próspera em contraponto de outras grandes potências como Japão, Alemanha e Inglaterra que nesse período estavam com