RESENHA SOBRE O FILME ALEMÃO

Em um período de tensão em volta dos morros cariocas, com notícias de conflitos entre policiais e traficantes, ataque a uma base da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) e morte de PMs, é lançado o longa-metragem Alemão. Dirigido por José Eduardo Belmonte em 2013, é mais um filme brasileiro que aborda a problemática da segurança pública nas comunidades do Rio de Janeiro, tratando mais especificamente sobre os momentos que antecedem a ocupação do maior complexo de favelas da cidade, o morro do Alemão. No filme, de um lado está o grupo que comanda o tráfico da favela, liderado por Playboy (Cauã Reymond), do outro, a polícia militar, que sob o comando do Delegado Valadares (Antônio Fagundes) prepara informações sobre o morro para a invasão. Em um local que a tensão é rotina, tudo piora quando um motoboy é parado por traficantes e, com ele, é encontrada uma pasta com documentos sobre a operação militar. A situação fica ainda pior, já que os papéis indicam quem são os moradores que trabalham como policiais informantes. A partir daí a trama é focada em cinco policiais infiltrados que estão em um esconderijo e sendo perseguidos pelos chefões das máfias locais. Misturando medo, dúvidas e muita apreensão, em um ambiente de total insegurança, os 5 homens precisam se agarrar em sua fé e se unirem para tentarem sair vivos dessa situação Sem ter para onde fugir, Samuel (Caio Blat), Branco (Milhem Cortaz), Danilo (Gabriel Braga Nunes) e Carlinhos (Marcelo Melo Jr.) se escondem na pizzaria do Doca (Otávio Müller). Enquanto os cinco policiais tentam descobrir uma maneira de saírem vivos dali, Playboy decide que não deixa a favela em paz até que o grupo esteja morto. Tudo fica ainda mais tenso quando entra em jogo a vida de duas belas mulheres, Mariana (Mariana Nunes), a grande paixão do traficante, e Letícia (Aisha Jambo), namorada de Carlinhos e irmã do braço direito de Playboy. O longa de Belmonte evita juízo de valores, fugindo do clichê mocinho e bandido,