Resenha sobre a crise da sociologia rural no brasil e suas tradições teóricas
TEÓRICAS
Autor: William Héctor Gómez Soto
O texto gira em torno do debate sobre um conflito metodológico de definições sobre o mundo rural, sua estrutura social, sua dinâmica e a sua progressão com os anos além de suas influências marxistas e capitalistas. Segundo Buttel et al (1990), na sociologia rural americana pode-se identificar três etapas: a primeira vai do início deste século até os primeiros anos da década de 50, onde o estudo sobre a agricultura foi construído como um dos muitos elementos necessários para compreender a estrutura social da vida comunitária rural. A segunda época, início da década de 50 até início da década de 70, é conhecida como a época do enfoque do comportamento psico-social, cuja manifestação mais conhecida foi à difusão-adoção de inovações. A terceira época refere-se à “nova sociologia da agricultura”. Nota-se que a metodologia que buscava definir conceitos de rural na década de 50 era essencialmente dedutivista, baseada em correntes filosóficas, sem a preocupação de uma de uma vivencia empírica e um conhecimento mais aprofundado sobre a dinâmica social do campo. As décadas de 70 a 80 significaram a redescoberta de propostas clássica como Marx, Lenin e Chayanov. As décadas seguintes vieram acompanhadas de um profundo processo de transformação no campo. A diferenciação entre a região rural e a região urbana se torna cada vez mais difícil. A mecanização da produção rural fica cada vez mais presente e sua produção financia a indústria urbana. Levanta-se a discussão sobre a identidade do homem do campo e suas relações com a terra e o lucro. Segundo o texto, a nova sociologia rural procura entender a estrutura interna e a dinâmica da agricultura a partir de teorias neo-weberianas e neo-marxistas. Dentre os temas tratados por esta nova perspectiva estão: o papel da etnicidade na persistência da agricultura familiar; a indústria agrícola; a força de trabalho assalariado