Resenha sobre argumentos em favor da pedagogia do esporte: implicações para a prática pedagógica
A pedagogia do Esporte na atualidade vem sendo estudada, sempre com o intuito de valorizar e resgatar o Homem como ser sócio cultural, trazendo significados e re-significados.
A pedagogia do esporte por muito tempo esteve a serviço de uma abordagem tecnicista, que prioriza a construção de um indivíduo preparado para executar movimentos pré-determinados para então, posteriormente, automatizá-los, separando o ensino da técnica do contexto do jogo.
A evolução do esporte sugere uma prática pedagógica que priorize, além dos métodos e procedimentos, a preocupação com quem faz o gesto, estimulando-o a identificar e resolver problemas e ainda proporcionando a criação de novos gestos.
Na ânsia em privilegiar a aprendizagem, baseada em uma concepção de transmissão de conteúdos, os professores esqueceram-se de que continuam a aprender. Tornaram-se audaciosos suficientes, a ponto de pensarem que tudo sabiam. Conseqüentemente, os levou a cometer erros sobre o modo de ensinar. Nessa concepção, foi tirada dos aprendizes a possibilidade de aprender por suas próprias vivências, delimitando-os assim ao reducionismo de apenas reproduzir aprendizagens já testadas, sem a possibilidade de criar e recriar.
Foi-nos tirada à condição e a capacidade de seres inteligíveis para a de seres condicionados a soluções pré-determinadas.
Estamos longe de sermos detentores de todo o conhecimento, o que nos possibilita crescermos juntos com nossos educandos, exercendo assim a condição única de seres humanos; seres inteligentes, capazes de criar, reinventar e re-significar diferentes jogos/esportes.
Como exemplo, fazemos referência, aos praticantes e profissionais que vêm se dedicando à tarefa de transformar, adaptar e reinventar os jogos/esportes, proporcionando sua prática à população com limitação física ou mental, como é o caso do basquete para cadeirantes, futebol para cegos, natação e atletismo para