Trabalho Suzzy 1
1 INTRODUÇÃO
O debate acerca da educação inclusiva tem notadamente se destacado na educação brasileira. O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Nesse entendimento, a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola (BRASIL,
2008).
Na atualidade, a educação inclusiva é reconhecida por diferentes autores
(MENDES, 2002; BAUMEL, 1998; FERREIRA, 1989; JESUS, 2002) como aquela que assegura o acesso e a permanência qualitativa à educação de pessoas com deficiência na classe regular, compreendendo que as dificuldades emergem prioritariamente de uma perspectiva universal de organização na sociedade.
Nesse sentido, entendemos que a educação inclusiva, ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, assume questões significativas na discussão acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão.
É nesse contexto que problematizamos o atendimento educacional especializado e sua correlação com o processo de escolarização, na medida em que esse processo se configurou, para essa população, como um substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no modelo médico da deficiência,1 determinava formas de atendimento clínico terapêutico fortemente ancoradas nos testes psicométricos que
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Modelo no qual as pessoas com