[Resenha] simonal – ninguém sabe o duro que dei
Em meio a depoimentos de nomes como Miéle, Pelé, Jaguar, Zirado, Barbara Heliodora, Ricardo Cravo Albin, Nelson Motta, Sérgio Cabrail, Paulo Moura, Toni Tornado, entre muitos, outros, senti a falta de depoimentos do público em geral, daqueles que anonimamente cantaram, em coros de milhares de vozes, as canções que Simonal comandava como um dos intérpretes mais carismáticos que já surgiram no país em todos, os tempos, em shows para mais de 30 mil pessoas, e também do depoimento daqueles que, politizados ou não, assistiram às consequências de sua prisão e que nunca foram entrevistados este tempo todo: uma massa enorme, eu sei, mas que poderia ter sido ouvida através de alguns depoimentos bem colhidos.
Mas há, felizmente e como pontos altos do filme, as falas comovidas e comoventes de seus filhos Max de Castro e Simoninha, e da segunda esposa, ela que acompanhou a fase do ostracismo, depoimentos do próprio astro — inclusive nos poucos momentos em que conseguiu espaço na mídia para fala. E há o depoimento emocionado do contador que fora torturado quase 35 anos atrás, sem o qual o filme se tornaria incompleto e até inconsequente.
Há, sim, e é necessária, uma reverência