Resenha do documentário simonal ninguém sabe o duro que dei
Simonal – Ninguém sabe o duro que dei é um documentário dirigido por Micael Langer, Calvito Leral e Cláudio Manoel. Conta a história de Wilson Simonal, grande cantor da música popular brasileira dos anos 60 e 70. Mostra como Simonal tinha o estilo da pilantragem e que isso acabou se tornando símbolo dele. Era extremamente popular e brilhava no palco, artista internacional e grande vendedor de produtos. A trajetória do artista é contada por grandes amigos famosos, tais como Pelé, Chico Anysio, Toni Tornado, Nelson Motta, além de seus filhos Simoninha e Max de Castro e sua segunda mulher, Sandra Cerqueira.
Simonal era da classe média, mas antes disso, saiu da vida de pular muro para pegar comida que a mãe deixava. Sofria racismo, mas protestava do jeito dele, em suas músicas com carisma. Com tamanho sucesso, se viu falido e com isso foi envolvido em um crime contra seu ex-contador (Raphael Viviani que dá um depoimento sobre o seu sequestro e tortura nas dependências do DOPS em 1971), e com isso teria sido acusado de ser "informante" dos órgãos de repressão da Ditadura Militar. Foi ingênuo ao achar que sairia ileso de tais acusações por ser tão famoso. Depois disso, seus discos foram retirados das lojas, casas de show não o aceitavam mais e foi banido da Rede Globo.
De 1974 a 1995 sua fama havia acabado. Foi julgado e vaiado por sua classe social e pela mídia, mas nunca pelo povo. Acabou entrando em depressão e virou alcoólatra, sendo internado com Cirrose Hepática.
Nos anos 90 um documento isentou Simonal da acusação de participar do DOPS. Foi internado novamente com problemas no fígado e morreu aos 62 anos. No final todos se lembram da importância dele na MPB e em sua felicidade.
Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — 25 de junho de