Resenha Senso COmum
Emille Araújo da Silva1
SANTOS, Boaventura de Souza. Introdução a uma ciência pós-moderna: Ciência e Senso Comum. Rio de Janeiro: Graal, 1989, pag 33 a 49.
Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, a 15 de Novembro de 1940. Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973), é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. Foi também Global Legal Scholar da Universidade de Warwick e Professor Visitante do Birkbeck College da Universidade de Londres.
O texto “Ciência e senso comum” de Boaventura de Sousa Santos discute duas rupturas epistemológicas, a primeira ruptura trata do conhecimento científico que se nega a aceitar que o senso comum dá o suporte para a existência do conhecimento científico, racional e válido. A segunda ruptura discute a importância da junção da ciência com o senso comum, destacando a importância da ciência se aproximar com a realidade na tentativa de solucionar problemas, pois a ciência acaba causando crises e por si só não dá conta de trazer essas soluções.
A primeira ruptura epistemológica, ou seja, o primeiro rompimento de um conjunto de teorias aborda o senso comum x ciência. O senso comum é um conhecimento adquirido pelo homem no decorrer da sua história, a partir dele constrói-se um conhecimento científico, pois a inquietação em entender o processo como, por exemplo, um chá de ervas cessa a dor, leva ao estudo do efeito dessa erva no organismo vivo. O conhecimento científico é a explicação através de um método, estudo, análise, experimentação, ou seja, uma explicação coerente. O senso comum muitas vezes é considerado como desnecessário, já que é adquirido sem utilizar métodos ou teorias, a partir dessa conclusão, a ciência se coloca como a dona do saber e desconsidera os pontos importantes que o senso comum traz para a construção da ciência, pois, o senso comum contribui para o desenvolvimento de um