(Resenha) SARMENTO, Manuel; GOLVEIA, Maria Cristina Soares de. Estudos da Infância. Educação e práticas sociais. Petrópolis: Vozes Editora, 2008, p. 17-26.
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SARMENTO, Manuel; GOLVEIA, Maria Cristina Soares de. Estudos da Infância. Educação e práticas sociais. Petrópolis: Vozes Editora, 2008, p. 17-26.Capítulo 1: Sociologia da infância: corrente e confluências
O texto problematiza sobre a questão sociológica da infância, em que a abordagem sociológica da infância tem sido em parte, deixada de lado, apesar da enorme importância dada as políticas demográficas, das transformações gerenciais em curso, das realidades sociais de exclusão e pobreza e da enorme midiatização de fenômenos associados à infância, não tendo a área da sociologia da infância um reconhecimento como área de referência e de responsabilidade entre a comunidade de sociólogos e na definição do campo sociológico.
Para Sarmento et al, apesar das crianças não terem sido nunca um tema ausente do pensamento sociológico, desde os primeiros tempos da disciplina, o estatuto de objetivo sociológico e a consideração da infância como categoria social apenas se desenvolveu no último quartel do século XX, com um significado incremento a partir do início da década de 90 (p. 18). Nesse sentido, entende-se que embora as crianças se façam presente já há um longo tempo como uma categoria abordada de viés nas problemáticas de investigação das ciências sociais, apenas recentemente é elevada ao status de objeto sociológico, particularmente pelos estudos e pesquisas realizados pela Sociologia da Infância e com incremento importante a partir do início da década de 90.
Indica Sarmento et al (2008, p. 18-19), que as dimensões estruturais e interativas da infância, a Sociologia da infância desenvolve-se contemporaneamente, em boa parte, por necessidade de compreensão do que é um dos mais importantes paradoxos atuais: nunca como hoje as crianças foram objeto de tantos cuidados e atenções e nunca como hoje a infância se apresentou como a geração onde se acumula exponencialmente os indicadores de exclusão e sofrimento.
A partir desse entendimento, destaca-se que tais indicadores